30 dezembro, 2008

Pelagus (VI)


Crê-me,
Há uma adoração acrónica
Na rima assonântica
Dos nossos corpos celestes
Se despidos das vestes
Com que o Cosmos nos tapou.
No espaço sideral não há espaço
Para a hesitação.
O que teus astrolábios me mentem
Desmentem
Os olhos anosos e sábios
Das estrelas
Que alumiam a tua
Face
E que vêem
Para lá
Do lado lôbrego da lua.