09 novembro, 2013

S/título

uma língua de fogo
descendo-me pela garganta
deixando à sua passagem
um rasto de luz, de calidez
liquescente,
até se aninhar
no meu estômago oco
e aqui adormecer
deixando-me à mercê
de escorpiões que vivem dentro
de garrafas vazias
de sonhos derramados