24 agosto, 2009

Pelagus (XXXII - último poema)


Há uma árvore que é uma floresta
No planeta a que dei o meu nome,
Uma árvore com raízes de espuma
E de sal
Com folhas que são cascos naufragados
E outras que são cascas de búzios ocas
Onde se pode ouvir o som do vento
Por entre a folhagem do mar.
E se a subires até à copa
Podes ver, ao longe,
Perto do horizonte,
Na leiva,
O corpo nu dos búzios
A sonhar.