02 outubro, 2008

Nasceu o Amendual...


Aqui brota uma pernada do amendual. Uma pernada apenas que vencerá raízes e, espero, se fará tronco e mais tarde árvore autónoma por direito próprio. Autónoma mas sempre ligada à semente original que lhe dá origem: o labirinto de palavras em que me perco e me acho dentro de mim mesmo. De mim mesmo para um eu outro, para um outro: o mundo que me cerca, do(s) mundo(s) que eu cerco. E esta árvore dará frutos, dará amêndoas (que outro fruto poderia eu dar, eu que sou filho da minha terra, o Algarve do sol escaldante e do céu azul e do mar calmo mas também da lua libidinosa e do céu negro e do mar revolto?); e cada amêndoa será uma dádiva de mim para quem me leia, de mim para quem me tome o sabor dos versos ou da prosa. É pouca esta fundamentação? Pois faço minhas as palavras de um outro Alexandre, o O´Neill:
"É pouco como projecto? Em todo o caso, é o meu"...