09 outubro, 2008

s/título


Escrevi um dia um poema transversal
Cujas rimas me atravessaram de lés-a-lés
O corpo ritmado pela lenga-lenga
Das sílabas tónicas mal acentuadas.
Sentei-me a ouvir uma chuva miudinha
Batendo gentilmente à porta
E esqueci-me totalmente de como era
O meu poema transversal…
Só sei que começava por mim
E tinha um verso a mais do que o canonicamente suposto.