21 setembro, 2009

S/título


Reflexo o abismo na monotonia latente
Dos olhos que se escondem por detrás dos teus fantasmas.
Não suspiram nem se entregam num derradeiro estertor
As meninas dos teus sonhos, como
Pupilas deserdadas e bastardas procurando o trilho claro
Da Ciência na obscuridade dos teus sonhos.
Os teus sonhos ai os meus sonhos...

Fechas os ouvidos à Verdade que te mente na palma da mão
Enrugada enquanto abres as pernas à Mentira que te
Seduz dançando nas sombras da luz da madrugada...

Seios as colinas que toco as meninas dos teus sonhos,
Sei-os, sei-os de cor.............(aos teus sonhos...)

Lobos brincando, como ovelhas negras, albinos,
Na fronteira do matricídio e do incesto...
(eis a matilha marchando pintalgada de vermelho
(eis que o hímen se rompeu
(eis que o uivo surge pintalgado de vermelho)

Vem-me.
Come-te e cospe-nos para fora do seu leito.