Abre bem as tuas narinas,
de virilha a virilha, de nádega a nádega,
e cheira bem - ou melhor ainda -
o cheiro que se lavra entre as minhas coxas,
de nádega a nádega, de virilha a virilha -
poema escrito por mamilos como dedos
sôfregos e trôpegos
encharcando de suor e de tinta a folha branca.
À noite, todos os gatos são leopardos, escrevi.
Sou ínsulo e em meu redor inunda-me
e ressaca-me só o sensualismo de ti.