Depois de, no ano passado, ter publicado "Amanhã Chovi", chega a hora de partilhar "Pelagus" sob a forma de livro e também de e-book. Em breve, com o selo Poesia Fã Clube, uma chancela da Corpos Editora.
"Pelagus", Poesia Fã Clube, 2013 |
"Pelagus" divide-se em cinco partes: A mari usque ad mare (de um mar para outro mar), Ad astra (rumo às estrelas), Fluctuat nec mergitur (flutua sem afundar), Memento mori (lembra-te que morrerás) e Post tenebra lux (há luz depois das trevas). As cinco partes podem ser entendidas como uma narrativa linear com um início e um fim mas podem ser também lidas como um todo circular que termina precisamente onde começa: no centro do universo que se expande a partir de cada um de nós.
"Amanhã Chovi", World Art Friends, 2012 |
Se "Amanhã Chovi" é "um livro de circunstância (que) parece não falar do agora" e que "abusa dos versos que sabem ao que já não está aqui" porque "as palavras não têm tempo, elas permanecem" e "a sua permanência diz o tempo presente", como escreveu Mirian Nogueira Tavares no prefácio, já "Pelagus" é mais um livro que se poderá chamar de "navio-poema" - um veículo de transporte para fora do sujeito poético, confundindo o que já passou e o que se passará, "uma folha feita de espaço e de tempo onde os
substantivos do passado se confundem com os verbos do futuro" (in prefácio assinado pelo autor). "Pelagus" fala de uma viagem para fora de um tempo e de um espaço, num círculo vicioso que nunca sai, realmente, de dentro de mim.