21 setembro, 2009
S/título
Reflexo o abismo na monotonia latente
Dos olhos que se escondem por detrás dos teus fantasmas.
Não suspiram nem se entregam num derradeiro estertor
As meninas dos teus sonhos, como
Pupilas deserdadas e bastardas procurando o trilho claro
Da Ciência na obscuridade dos teus sonhos.
Os teus sonhos ai os meus sonhos...
Fechas os ouvidos à Verdade que te mente na palma da mão
Enrugada enquanto abres as pernas à Mentira que te
Seduz dançando nas sombras da luz da madrugada...
Seios as colinas que toco as meninas dos teus sonhos,
Sei-os, sei-os de cor.............(aos teus sonhos...)
Lobos brincando, como ovelhas negras, albinos,
Na fronteira do matricídio e do incesto...
(eis a matilha marchando pintalgada de vermelho
(eis que o hímen se rompeu
(eis que o uivo surge pintalgado de vermelho)
Vem-me.
Come-te e cospe-nos para fora do seu leito.
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. "Insanabile Cacoethes Scribendi",
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."