E enquanto Heitor saboreava
O sabor sangrento da Morte que o cercava,
Desenvergonhada, Helena abocanhava
O duro sexo de Páris seu amante...
Impetuosa, toda a helénica boca era preenchida
Pelo viril membro que, a golfadas,
Lhe saciava a jovem fome com o néctar da vida...
Até que, em apolínea hora, toda a Tróia invicta
Viu o corpo de Heitor, murchando exausto, tombar
Aos pés de Aquiles, na terra fonte de vida.
E enquanto o sémen de um Príncipe corria abaixo,
Por breves momentos, pela garganta de Helena,
Era a terra penetrada pelo sangue de outro,
Para todo o sempre...