Por seis vezes mergulham seis damas
Num lago, às seis matinais horas.
Os lábios e os mamilos, como amoras,
Ruborescem-lhes as caras e as mamas
Brancas, banhadas em leite divino.
Sussurram-me as folhas do arvoredo
Que elas são filhas da Dor, mães do Medo,
Concubinas de um Príncipe malino...
Riem-se as virgens e os que nelas se fiam
Em palavras lânguidas e laivosas
- Tanto quanto as bocas que as pronunciam.
Vive o mito pois o mito é eterno;
Morro eu nos braços de maravilhosas
Ninfas maníacas, pêgas do inferno!