10 julho, 2010

Homem-Deus-Campeão


Engole o asfalto a voraz serpente...
Cada escama um jersey, uma cor...
Homem-máquina em perfeito labor:
Pé e pedal, coração e corrente!

Embala o tempo, deixando-o dormente,
Seduz a estrada, fingindo-a sem dor,
Crava-lhe as presas, num beijo de amor,
Num abraço que nem o tempo sente...

Mil olhos de sangue fitam a meta,
Pedalam como não haja amanhã...
A eterna glória ao fim da recta!

Os sprinters encabeçam o pelotão
Como dedos de fogo de um titã...
Eis que surge o homem-deus-campeão!