25 setembro, 2012
A Dança dos Homens
Sob o manto marmóreo do sonho
flui a torrente da realidade líquida,
fervilha o excesso que queima a pele
e a rasga de dentro para fora.
Contemple-se: uma pantera e um tigre
deitados - num abraço num beijo num orgasmo -
numa cama de flores e de grinaldas,
mergulhando no esquecimento de si mesmos.
E como as feras o homem despido
cantando e dançando consigo mesmo (e com os deuses) -
porque todos os homens são ele mesmo (e são os deuses) -
deixa-se embriagar pela renovação da primavera.
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. Pressentimento de um Crepúsculo,
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."