16 fevereiro, 2009

Janeiro


No frio Janeiro
Cresce uma primavera quente
Que chama a si os pássaros
De outras latitudes
Na sua rota migratória.
No silêncio frio de Janeiro
Há uma voz sirene
E uma luz tépida
Acolhidas pela lua cheia
Ao canto superior esquerdo
De uma página em branco
Da tenebrosa impotência do escritor.
No imenso frio do silencioso Janeiro
Há um homicídio impune em cada folha rasgada.
Além disso, apenas um leve e janeiresco estertor…