A morte cavalga negro corcel
Sussurram os aldeões em segredo,
E depois gritam fugindo a tropel,
Vendo o medo que ao medo mete medo:
Eis que, acéfalo, surge o cavaleiro
Empunhando o horizonte como espada.
Toda a aldeia se esconde num celeiro
P’ra fugir à criatura malvada!
Perscrutam a escuridão, receosos
Do som de cascos que de fora vem…
Agacham-se em silêncio, medrosos…
Mas sentem o abrigo a se incendiar:
Fugiram à lâmina do homem sem
Cabeça, mas não ao fogo do seu olhar...