As vozes na ágora vespertina: a areia quente na cavidade nasal e na garganta:
o silêncio do quarto escuro e da folha branca: escuridão que se move
por entre os dedos.
As serpentes assobiam ao céu da boca em adoração cega –
O que sentes é amor, pura água fresca, no palco de uma tragédia grega
ensaiada no deserto.
O sangue quente escorre-te pelas coxas abaixo; e a esporra
pinga-te dos lábios para os pés: e tu esperas pelo momento certo
para te limpares, para te livrares dos teus segredos.
Mesmo sem cabeça, as serpentes continuariam a levantar-se
Assobiando sangue em vez de silvos; e nas flores enfermas,
Medusa, água mole em pedra dura tanto bate até que cura…