Foi em flor que Pedro, príncipe e gaio,
No seu belo puro-sangue montado
Pelas campinas desacompanhado,
Sentiu o perfume de Inês em Maio.
Bastou um só olhar, como se um raio
De ardor o tivesse atravessado,
E Pedro, príncipe e petrificado,
Ficou do amor servo, de Inês lacaio.
Porém o Rei, grave e amargo mas forte,
Mandou matar a formosa Inês
Para não trazer ao Reino má sorte.
Matou-a Inveja e Mesquinhez…
Mas Dom Pedro, resgatando-a à Morte,
Torna-a rainha e amada outra vez…