O céu abre-se,
quebrado em pequenos
pedaços de azul,
líquido e frio,
que caem sobre a face
árida da terra.
Há um monstro,
gordo e escorregadio,
vivendo no subsolo
das cordilheiras da solidão:
um bicho esfaimado
alimentando-se de si mesmo mas
que, por dentro, come-
-nos é a nós.