09 março, 2009
Resignação
À resignação dormente dos teus braços,
Nas noites solitárias povoadas
Por criaturas imaginárias, me
Atraco, navio fantasma derivando num vaivém
Líquido de sons inventados pelos dedos
Do pianista que se escondia nas sombras,
Cavalgando a lua e as nuvens
Da tempestade de aplausos,
Tocando,
Como fossem teclas,
Cada pétala do meu coração...
E se o pianista lho pedisse,
Bateria o melro
As asas novamente quando pousado nas cordas
Por baixo
Dos limites intentos da minha ilusão?
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. "Insanabile Cacoethes Scribendi",
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."