24 abril, 2009

Abril


Saiu um grito à rua
E traz revoltado o povo na garganta.
Na mão fechada traz segura,
Desfraldada,
Uma bandeira em riste
Enquanto a aberta conduz
Uma criança, de sorriso triste,
Em direcção ao futuro.
Ah pudesse o próprio povo
Ser um grito de criança
E brincar com o tempo a seu bel-prazer
E o travo que nos corrói a língua
Já não seria agridoce.
Ah Abril, Abril,
Para quando nova chuva de cravos?
Uma gota,
Uma pétala que fosse…