24 abril, 2009
Abril
Saiu um grito à rua
E traz revoltado o povo na garganta.
Na mão fechada traz segura,
Desfraldada,
Uma bandeira em riste
Enquanto a aberta conduz
Uma criança, de sorriso triste,
Em direcção ao futuro.
Ah pudesse o próprio povo
Ser um grito de criança
E brincar com o tempo a seu bel-prazer
E o travo que nos corrói a língua
Já não seria agridoce.
Ah Abril, Abril,
Para quando nova chuva de cravos?
Uma gota,
Uma pétala que fosse…
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. "Versos Sem Sentido Consentido",
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."