Lisboa, 1945. Soltando as palavras como fossem decretos, o Cardeal disse ao Professor que precisavam de tomar pulso à Nação. O Professor fez um gesto repetido com a cabeça, demonstrando a sua concordância. Porém, inquiriu:
“Mas como?”
“Fátima, Futebol e Fado”, respondeu o Cardeal. “Os ópios do Povo!”
“Fado?”, perguntou o Professor.
“Fado! Porquê? Não gosta?”
“Gosto… É só que eu sempre acreditei no Livre-Arbítrio…”