23 abril, 2009
Adeus, meninos!...
No sorumbático troar dos sinos
Celebra o povo a perda dos seus
Como se um sonoro e cadente adeus
Chegasse aos ouvidos dos seus meninos.
Nos caixões, serenos e adormecidos,
Vestem-se a rigor para a viagem.
Na laje, uma inscrição com sua imagem
Impede que no escuro andem perdidos.
Seu dia finda, vão para a noite eterna
Por um rio de lágrimas – sua cama –
Choradas em sangue por quem os ama.
E na noite, ficarão à nossa espera…
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. "Versos Sem Sentido Consentido",
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."