Olhou-me um rosto outro do outro lado do espelho
Hoje ou amanhã ou ontem, não o sei bem.
Olhou para dentro de mim e olhou em minha volta
Com o estranho estranhamento de quem estranha
A familiaridade da âncora que
Quotidianamente ancora
Alguém à sua hora.
Entrei em pânico e saí de mim mesmo
Pela porta fora.
Sei-me melhor no não ver-me
Do que no olhar-me e desconhecer-me.