04 março, 2010

Afrodite da Ria Formosa


Ei-la, Afrodite da Ria Formosa,

Banhando seu corpo belo e nu,

Lavando as coxas, as mamas e o cu

Na lentidão lasciva e langorosa


De quem possui todo o tempo do mundo

Para com paciência e com nexo

Dominar esse mundo pelo sexo

Num festim licencioso e imundo.


Sai da água, deusa de sensualidade,

Molhada sem um pingo de pudor,

Sorrindo à devassa humanidade.


Seu único desejo é, sem malícia,

Amancebar-se e fazer amor

Em lençóis de seda e de sevícia…