Ei-la, Afrodite da Ria Formosa,
Banhando seu corpo belo e nu,
Lavando as coxas, as mamas e o cu
Na lentidão lasciva e langorosa
De quem possui todo o tempo do mundo
Para com paciência e com nexo
Dominar esse mundo pelo sexo
Num festim licencioso e imundo.
Sai da água, deusa de sensualidade,
Molhada sem um pingo de pudor,
Sorrindo à devassa humanidade.
Seu único desejo é, sem malícia,
Amancebar-se e fazer amor
Em lençóis de seda e de sevícia…