05 fevereiro, 2009
Mundo de Cheiros Escarlates
O mundo p’ra mim é cheiro, amor,
E constrói-se a cada instante que inspiro.
Não é o ar que respiras que me alimenta
Mas o cheiro do sangue e do horror
De um mundo a preto e cinza onde só o sangue tem cor.
Um mundo onde cada odor
É um tijolo a construir um mapa dos sentidos
E onde cada cheiro
São dedos estendidos
Lutando p’ra reconhecer o mundo cego em que vivo…
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. "De Sons e Sangue - As Memórias de Elizadeth Rose-Maître",
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."