05 fevereiro, 2009

Succubus


Flutua, incorpórea, à cabeceira
Dos que procuram a retemperança
De uma madrugada calma e mansa
Nos braços de uma cama hospedeira.

Insinua-se ágil e penetrante
Por entre os lençóis de linho lavados
E enrola-se nos encaracolados
Pudicos cabelos do seu amante.

Ama quem escolhe e escolhe quem quer.
Sem ter forma, inventa-se mulher,
Faz-se debaixo de um corpo suado.

Succubus anjo demónio mulher
Ama-te quem desperto não te quer
Porém sonha contigo... acordado.