Nuns olhos assustados tudo começa.
Num olho desesperado tudo termina.
Pune na realidade os pecadores dos teus sonhos, criança,
Assassina estrangeira!
Também as moscas são pecadoras,
Sobrevoam e cobiçam o nosso alimento
Que jaz no prato há 12 dias. Cru.
Morram, pecadores!
(Gemidos na noite através de paredes de cimento)
"Não, não entre aí, a casa de banho está ocupada.
O meu amante jaz na banheira”, gritou a doce louca.
As suas vestes não eram apropriadas e o senhorio,
Numa voz baixa e rouca, disse:
“Cuida bem de mim, querida, e eu esqueço a renda”.
Um calor líquido percorreu o seu pescoço. E o seu corpo.
Sangrou. Até à morte.
As mãos da tua consciência
Saem através das paredes do teu refúgio…
Banheira, sofá e cama,
Procurem aí os cadáveres das vítimas e da ré.
Por vezes, aí brincam e jubilam…
Vem, amor, talvez possamos visitar
A torre natal dos teus sonhos…
Inspirado pelo filme "Repulsion"