A Ofélia invejo a tranquilidade,
A paz, o sossego depois da dor.
Invejo-lhe a coragem sem temor
De se entregar, bela, à Eternidade.
Rio que passas, depositador
Da minha última vera vontade,
A ti dou meu corpo, oh felicidade
Daquele a quem não socorreu o Amor…
Vós, manto mortal que escutais meu pranto
E falsas lágrimas de que preciso:
Ajudem-me a compor o meu canto!
Atem-me nos fios que a Sorte teceu,
Fechem-me os olhos, finjam-me um sorriso
E embalem-me nos braços de Morfeu…
*o poema de hoje foi publicado a pedido... muitos parabéns, meu amor...;)