20 fevereiro, 2009
Vamperatriz
Nos seus braços, como vil centopeia,
Mortais amantes eram apertados
E repetidamente violados
Um por um, nas noites de lua cheia.
Atraía-os com o odor do vinho
Escorrendo, rubro, p’las suas coxas,
Despida no meio de sedas roxas
Cheirando a canela e a rosmaninho.
Alimentando-se de sangue e sémen,
Na sua insaciável tesão,
Satisfazia-se a ritmo frenético.
Entregues à Vamperatriz do Amor,
Todos os homens sucumbiam, não
Por necessidade mas por desporto.
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. "De Sons e Sangue - As Memórias de Elizadeth Rose-Maître",
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."