18 fevereiro, 2009
O Beijo
O púbere peito,
Sôfrego,
Corpuscular,
Entrega-se casto
Na sua brancura virginal
À boca experiente
Que prende entre-dentes
O mamilo desperto,
Erecto,
Quente pelo contacto
Com a língua que o acaricia…
E a brancura peitoral
É escarlatada
Pela abertura ensanguentada
No seio feita
Pelos caninos do amante que chupa,
Sedutor,
O sangue
E o leite da mama
Num misto de sede hemófila
E de maternal amor…
Engavetado em
Alexandre Homem Dual,
Op. "De Sons e Sangue - As Memórias de Elizadeth Rose-Maître",
Poesia
"O que faço?/
Sou músico./
O que toco?/
Poesia."